segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O dia do meu nascimento

Venho através desse drink, desejar a mim toda a felicidade do mundo.

Em primeiro lugar, que eu tenha acima de tudo: Amor. Que eu ame as pessoas, que eu ame as coisas, que eu ame os objetos, que eu ame os momentos.

Como prioridade, que eu tenha sempre a minha família, que eles estejam sempre presentes, estejam sempre comigo. Mamãe, papai, vovó, tio, Ci, Sarinha, Toninho: Pessoas essenciais. Pessoas que me compõem.

Depois disso, que eu alimente todas as minhas amizades, aquelas boas. Que eles me proporcionem o gosto em viver. Que eu consiga fazer o mesmo, sendo agradável ao máximo.

Que eu estude, estude muito, estude a vida, estude o ser humano, estude sempre. Que eu tenha comigo uma carga intelectual pesada e eu busque sempre mais e mais.

Que eu pratique sempre o bem, que eu lute por minhas causas e sonhos.

Que eu tenha isso em vida. Independente dos meus 19, 28, 37, 55 ou 82 anos. Que eu tenha uma vida simples, humilde e super bem vivida.

Que eu tenha uma história, mesmo que eu parta daqui um minuto, alguns dias, meses ou anos, uma história satisfatória, única. Que minha passagem pela Terra não tenha sido em vão, apesar de minha simples existência e insignificância.

Que eu tenha uma vida alegre e cheia de prazer. Que eu esteja sempre bem, e continue, com a maravilhosa e tão desejada felicidade.

sábado, 22 de agosto de 2009

No ponto de ônibus

- Oi, você viu se já passou o Itapevi?
- Não vi.
- Não?
- Não. Estou aqui a pouco tempo (para não dizer que não havia prestado atenção).
- É que ele demora a passar...
- Hum... Obrigada (como se eu que tivesse pedido a informação, não ele)
- Você gosta de que tipo de música?
- Qualquer um... Todos... (tentando entender qual o contexto e o porquê daquela pergunta).
- Hum... Eclética!
- Pode ser, e você?
- Sertanejo, ás vezes MPB... ah, pode ser tudo. Só não consigo escutar Funk. Sem qualidade alguma...
- Verdade.
- Tem vontade de tocar algo?
- Não.
- Você canta?
- Não.
- Já cantou em videokê?
- Já, hahahaha!
- Vou lá, tchau! (pegando o ônibus). Bom dia para você.
- Também... (com muitas perguntas na cabeça)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Largados pensamentos.

Ônibus verde. Carros passando. Duas jovens abraçadas na calçada. Mulher ajeitando bolsa a passar sobre a faixa de segurança. Rostos coloridos no restaurante. Carro amarelo. Moto passando pelos corredores. Metrô Vila Mariana. Avenida Paulista. Desconexão. Conexão. Ana Rosa no ônibus. Quadrados azuis e brancos. Ônibus verde de novo. Nossa Senhora do Ó. Pessoas em pé. Homem com óculos escuros olhando com a cabeça para fora. Faz um 21. 24ºC. 17:52. Moça negra com os olhos fixos em meu rosto na janela. Hospital das Clínicas. "Odeie seu ódio". Família di Lascio. Cemitério. 82210. Cidade de São Paulo. Mochila empurrando homem de bicicleta. Sinal. Placa de "Teodoro". Placa de "Paraíso". Cadê? Gol. Uno. Fit. Gol. Casa verde. Palmeiras. Cardeal Arcoverde. Blusa verde de lã. Muito verde. Colorido. Avenida Brasil. Stilo e muito estilo. "Drugs" na parede. Smile. Apartamento. Velharia inovada. Cobra grafitada no poste. Fênix. Auto-escola. Negação. Sistema. Dinheiro. Mulher no celular de cabelos pretos. Boina e All Star vermelhos. Buzina. "Bar Teta". Andar desengonçado. Balada sem permissão de fumo. Mecânico "Super-ar". Planta alta sob cimento. Folhas que invadem janelas da árvore. Pichação. Entulho. Lixo. Problema social, ambiental, humanitário. Brechó. "Brisa bar", caipirinha de morango double, vodka cinco reais. "Paz, SP, vida". Mega bazar. Trânsito lento. Buzinas. Buzinas sincronizadas. Hotel. Luz neon, dois globos. "Beleza pura". Voz conhecida. Coqueiro. Luzes. Cooper. 18:18. Parque. Sol. Árvore. Meio ambiente. Engenharia. Faculdade. Cansaço. Estudo. Muito estudo. Sono e banco almofadado. Dormir.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Filosofia de vida

E então, pego-me pensando na razão da vida e o porquê da misteriosa morte. Por que vivemos? O que vem com isto? O que vem depois daquilo? Estas são questões que nenhum ser vivo saberá responder ou entender.

A morte sempre será um enigma para mim, pode ser que um dia eu entenda, morrendo, ou pode ser que ao morrer eu já não tenha os meus sentidos disponíveis e não tenha mais minha consciência para compreender. Já passei em vida pelo espiritismo, catolicismo, ateísmo, outras religiões, e hoje não acredito em nada, ou talvez, acredite em tudo. Tem muitas coisas nessas crenças que se parecem muito e são muito reais, mas tem muitas outras coisas que são um absurdo. Por isso, prefiro, por enquanto, viver sem nenhuma delas e correr atrás do melhor de cada uma. Já acreditei que depois da morte a nossa alma segue para outro plano, já acreditei no céu e inferno, já acreditei que a morte é apenas o fim, sem sentido algum...

Pois bem, eu não acredito em nada, e agora, quanto a morte, para mim, só basta aguardar...

Já o que é a vida também não sei. Se estamos apenas de passagem, se somos apenas um brinquedinho de uma força maior, se estamos apenas vivendo quase sem sentido... Não sei mesmo, nem preciso saber.

O que sei e o que interessa é que a vida em muitas de suas particularidades é linda e deve-se aproveitar cada momento, pois são únicos e nunca mais voltam. As pessoas sabem disso, mas ninguém nunca se lembra. A minha orientação é que se deve seguir vivendo com amor.

Uma pessoa que vive com amor é apaixonada pela vida, pelas pessoas, pelas cores, pelos lugares, pelos elementos, essa pessoa vive com emoção. Uma pessoa que vive com amor vive a praticar o bem, a não maltratar ninguém, a não alimentar sentimentos ruins, a apenas sorrir, a encantar e a ser encantada.

Viver com amor é a minha filosofia, a minha religião. Que é algo que encontro em comum e de melhor em quase todas crenças conhecidas. E ai, com a tal morte, não haverá nenhum arrependimento, não haverá nenhum mal julgamento, não haverá alma que não regresse. Se a filosofia for essa, certamente o que haverá será uma vida bem vivida com a mais tranquila das consciências. Apenas.