Cerco-me pela estranheza, pois, estranhamente, não sou aceita na sociedade como eu sou...
Eu?
Eu sou risada, sou um olhar desaprovador, sou motivo de falatório,
mas eu sou eu.
Sou feliz e sou eu.
Mas, afinal, o que é ser estranho?
O que é ser diferente?
Quem tem a "voz" para dizer o que é estranho ou o que é diferente?
Deus? Não.
A sociedade. Talvez (Mas se assim for pensado, também faço parte da sociedade.
Então, quem dita algo?
E quem disse que há algo já dito?
Penso em alguns séculos passados...
A Igreja era a dona e maior formadora de opiniões.
Hoje, o que rege a sociedade é a mídia.
A música, as vestes, os penteados e os comportamentos são regidos pela mídia.
Tento fugir de tudo, tendo ser estranha, diferente ao comum.
Se gosto de algo da moda, eu gosto e pronto.
Senão, não, e também pronto.
Não vivo presa.
Não me movo de acordo com as tendências as quais os outros pensaram.
Não sou marionete de nenhuma unidade, seja ela política, religiosa ou social.
Fujo.
Me escondo, ao mesmo tempo, me liberto.
Vivo.
Sou eu mesma: "estranha" e feliz.