sábado, 22 de março de 2008

Breu

Ploft! Acabou a energia. As luzes das velas refletem sobre os móveis e produzem as mais variadas formas geométricas. Medo. Produzem medo. As crianças choram. Outras se divertem com as sombras de animaizinhos feitos à mão. Os mais velhos correm atrás de fontes alternativas de energia luminosa, correm para manter sempre à vista os pequenos. Também sentem medo. Lá fora, o habitual mato escuro e molhado esconde diversos mistérios.

Eu fico aqui no meu canto. Relembro-me das viradas de ano em que sempre cortavam a energia elétrica na minha casa de praia. Bons tempos. Sinto falta daquela época em que eu não tinha consciência da importância da vida, não tinha preocupações, obrigações e deveres. Aquele tempo que eu era apenas uma criança perante as outras e nada mais. Penso nos outros, se também enfrentam a mesma situação, senão o que fazem nesse exato momento. Penso nas pessoas que enfrentam a tempestade fora de suas casa. Penso nos estragos que a chuva pode estar causando e também os benefícios que ela pode estar trazendo.

Volto a mim e ao meu espaço. Como é que faz falta uma lâmpada acesa em nossas residências. Como é que faz diferença a vida de uma pessoa com e sem energia elétrica. Quanta produção e trabalho estão sendo desperdiçados no momento... O que eu estaria fazendo agora se eu não estivesse nessa condição... Lendo, assistindo televisão, estudando? Com certeza, nada melhor do que um bom momento de reflexão sobre a vida, como este, algo que a costumeira vida urbana "eletrizada" talvez não permitiria...

E o fogo da vela continua a desenhar sobre as paredes. As crianças já se aquietaram. Os adultos já descansam. E eu permaneço sentada, paralisada, muda, movimentando-me apenas pelo meu pensamento, escuro.

sábado, 15 de março de 2008

Insensibilidade

Não sei como as pessoas não percebem como é horrível a discriminação. Não importa se é devido diferença de etnias, religiões, condições sociais, deficiências físicas ou mental... Todos nós somos seres humanos, pertecemos à mesma espécie, não deveríamos fazer essa exclusão.

O ato de rir, por exemplo, de alguém com algum problema ou alguém que , sei lá, não pertence a um mesmo grupo ao nosso é, sem dúvida, um gesto ingênuo, e mais, um gesto deprimente.

Pois bem, vivo e tento não maltratar ninguém, respeito é a minha lei.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Amar é...

Não sei amar
Não sei o que é amar
Suponho que o que eu amo é o que eu amo
E apenas isso.